A Fernanda Toyomoto é jornalista, tem 24 anos e escreve no blog Japa Viajante. Ela fez um intercâmbio na Índia, pela AIESEC, e morou no país durante um ano.
“Sou jornalista, me mudei para a Índia em 2014 a trabalho. Fui escrever sobre viagens em uma agência, morei lá durante 1 ano e foi uma das melhores experiências da minha vida. Voltei para o Brasil em julho de 2015 e logo me mudei para a Argentina para fazer um projeto voluntário em um hospital público em Mendoza.”
A melhor parte foi poder explorar novas culturas, novos aromas e novos sabores e, claro, as viagens incríveis e os amigos maravilhosos que fiz. A pior parte é a distância da família e amigos, mas ainda bem que existe a tecnologia para diminuir essa saudade, né?!
Uma coisa difícil foi o calor, no verão fazia 50 graus e em poucos lugares tinha ar condicionado. Outro ponto que inicialmente foi um choque cultural, foi no ambiente de trabalho. Na minha equipe haviam 35 homens e somente eu de mulher, mas tudo correu super bem. Sou suspeita para falar da Índia, sou completamente apaixonada pelo país e, apesar da diferença cultural, a Índia é um país mágico.
A maior semelhança e a maior diferença são as pessoas. No fundo todos possuem os mesmos anseios, como amor, paz e saúde, mas as regras sociais são bem diferentes — como, por exemplo, a cultura do casamento arranjado.
Minha rotina na Índia era como de qualquer trabalhador. Meu horário de trabalho era das 10h30 e 19h30, eu acordava, fazia aula de ioga, me arrumava e ia para o trabalho. Durante os finais de semana sempre viajava.
Tenho um carinho muito grande pela organização, sempre que precisei tive total suporte da AIESEC e de todos os membros.
Uma das melhores experiências que tive foi um curso de meditação que fiz, o qual fiquei 10 dias sem falar, foi uma experiência transformadora.
Conheci tantas, mas vou citar as minhas preferidas, cada uma por suas peculiaridades: Jaipur, Pushkar, Manali (onde fica o Himalayas), e Thar Desert.
Jaipur, porque tive a oportunidade de morar 1 ano e conhecer suas singularidades. Além de ser conhecida por “Pink City”, ela reúne o tradicional e o moderno. Pushkar tem uma energia mágica, é um lugar que me traz paz. Manali porque pude fazer uma viagem de moto pelas montanhas do Himalaya, inesquecível. Thar Desert, porque dormi no deserto que é considerado um dos 6 maiores desertos do mundo e faz divisa com o Paquistão. Lá andei 6 horas de camelo e dormi embaixo de um dos céus mais estrelados que já vi na vida.
*Todas as fotos foram retiradas do blog Japa Viajante