O Inhotim é o maior museu a céu aberto do mundo, que privilégio, não?! É uma atração imperdível para quem mora ou visita Belo Horizonte, mesmo para aqueles que não são tão fãs de arte. Além de ser um museu de arte, o Inhotim também é um parque natural — um dos mais lindos que eu já vi na vida! Lá você vai encontrar muita natureza, paisagens de tirar o fôlego e até alguns animaizinhos fofos!

Eu e alguns blogueiros do @uaitravelmg fomos convidados para conhecer o Inhotim, e foi um dia incrível em ótimas companhias! Se você pretende visitá-lo, anote todas as dicas a seguir:

ATUALIZAÇÃO: 28/02/2018 – Voltei ao Inhotim esse mês, durante uma press trip em Brumadinho, passei dois dias no museu acompanhada de um guia e saí de lá com uma visão completamente diferente da primeira vez. Estou acrescentando e atualizando as informações do post.

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O Inhotim

Atenção: desde 23 de janeiro de 2018, o Inhotim está exigindo o comprovante de vacinação contra a febre amarela. É preciso ter se vacinado pelo menos 10 dias antes de sua visita ao parque, e a entrada será liberada somente após a conferência. O instituto informa que essa é uma forma de prevenção, mas que não foi identificado nenhum caso da doença por ali.

História: o antigo bairro que se transformou no maior museu a céu aberto do mundo

Na segunda vez que estive no museu, estava acompanhada do guia Junio, um cara que nasceu no Inhotim, viveu toda sua vida ali e trabalha como guia desde os 14 anos. Então já dá para imaginar que ele sabe tudo sobre o lugar, né? E se você está se perguntando “como alguém pode ter nascido no Inhotim?”, a resposta é simples: antigamente as terras onde hoje estão o museu eram um bairro e por ali haviam várias casas e fazendas.

Quando o idealizador do Inhotim resolveu criá-lo, ele foi comprando as terras de todos os moradores (e pagando muito bem!), e foi amplicando o negócio até se transformar na imensidão que é hoje. Algumas obras do museu ficam dentro de antigas casas e até em antigos currais de fazendas que existiam ali. Legal, né? Histórias assim a gente só fica sabendo quando está acompanhado de uma pessoa que realmente conhece tudo o que se passa e o que já se passou ali.

Como chegar

O Inhotim está localizado em Brumadinho, cidade que faz parte da região metropolitana de Belo Horizonte e está a 57km da capital mineira. É possível chegar lá de carro, de ônibus ou van.

Há um ônibus que sai da rodoviária todos os dias de manhã cedinho e volta no fim da tarde. O valor de ida e volta fica em, aproximadamente, 65 reais. Há, também, uma van que sai do bairro Funcionários nos mesmos horários do ônibus e custa 60 reais, ida e volta. Para a van, é preciso fazer reserva com antecedência. Para consultar os horários e valores exatos, é só clicar aqui.

Se estiver indo em grupos ou preferir contratar um serviço de transporte particular, recomendo a empresa Bruma Vip Turismo, que nos buscou em Belo Horizonte e levou até Brumadinho durante a press trip, e depois nos deixou de volta na capital mineira.

Onde ficar

Eu acho perfeitamente viável se hospedar em Belo Horizonte para ir ao Inhotim por apenas um dia. Porém, depois da press trip eu descobri que um dia não é nada por ali! O recomendado é reservar pelo menos dois dias para conhecer o museu com calma e, se possível, ficar mais dois dias para aproveitar tudo que Brumadinho tem a oferecer. Cachoeiras, quilombos, barzinhos e muita comida boa são apenas alguns dos atrativos da cidade.

Eu fiquei no Hostel 70, que foi um dos idealizadores da press trip. É um lugar simples e econômico, mas muito confortável e aconchegante. Recomendo muito! Há quartos compartilhados e privativos, então é perfeito para qualquer viagem. A outra parte do grupo ficou no Hostel Moreira, e eles gostaram bastante!

Preços

O valor do ingresso, em fevereiro de 2018, é R$44. Quarta feira a entrada é gratuita!! (Exceto nas quartas que forem feriado, aí o preço é normal). O Inhotim não funciona segunda feira.

Crianças até 5 anos não pagam. Estudantes, professores, menores de 12 anos, maiores de 60 e funcionários de algumas empresas pagam meia entrada. Veja a lista completa aqui.

Transporte interno

Além do valor do ingresso para entrar no Inhotim, se você quiser, você pode pagar mais R$28 reais para ter acesso ao transporte interno do museu. São carrinhos elétricos com rotas pré-definidas que rodam por todo o local. Se você quiser utilizá-los, é preciso fazer o pagamento ainda na bilheteria e eles vão te dar uma pulseirinha de cor diferente. Se no meio do dia você decidir que quer usar o carrinho, vai ter que voltar à bilheteria para fazer a compra.

E vale a pena? Na minha opinião (e na opinião de todo mundo que estava comigo) vale cada centavo! O Inhotim é muito grande e é fisicamente muito cansativo andar por lá. Nós estávamos de carrinho e já saímos de lá exaustos, com muita dor na perna. Além disso, andar de carrinho é bem mais rápido que andar a pé, então conseguimos conhecer mais coisas em menos tempo.

*Lembrando que o Inhotim recomenda a visita a pé*, mas o Foco no Mundo recomenda fortemente o carrinho!

 

 

Restaurantes

Lá dentro há duas opções de restaurantes. A primeira é o Restaurante Oiticica que é self-service e custa R$43 o kilo durante a semana, e R$49 aos finais de semana. Eu comi lá nas duas vezes que fui ao museu e gostei bastante. Na primeira haviam opções normais de comida, como arroz, feijão, carnes e tal. Já na segunda, havia somente um buffet de saladas e três opções de massas deliciosas.

A outra opção é o Restaurante Tamboril, que custa R$79 e você pode comer a vontade (pratos quentes, saladas e sobremesa). Lá dentro do Inhotim também existe um café e algumas lanchonetes.

Atrações do Inhotim

Como vocês já sabem, o Inhotim é enorme e é impossível conhecer tudo em apenas um dia, principalmente se você realmente apreciar a arte e quiser ver todas as galerias com calma.

Confesso que eu não sou a maior amante de arte desse mundo e gosto mais das exposições interativas. Na minha primeira visita ao museu, estávamos sem guia e saímos de lá sem entender praticamente nada das obras que visitamos. Foi até um pouco decepcionante.

Mas na segunda vez, nosso grupo estava com um guia que conhece cada detalhe desse lugar e sabe contar a história de toda obra e todo artista presente ali. Além de ter conhecido muito mais coisas, eu saí de lá entendendo o significado das exposições e foi uma experiência completamente diferente e mil vezes melhor. Então, por mais que você ache que não há necessidade, recomendo muito a contratação de um guia. Agora vamos às obras:

A origem da obra de arte (ou, as letrinhas)

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Essa é uma das atrações mais populares do Inhotim e foi a minha preferida. São várias letrinhas de cerâmica, que podem ser usadas para formar nomes ou frases para fazer fotos. Mas na verdade, as letras são vasos para plantas, e no mesmo local você encontra sementes e acessórios de jardinagem. Depois de formar as iniciais do blog e o nome do grupo @uaitravelmg, eu peguei a inicial do meu nome e plantei um amor perfeito.

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Foi muito especial porque eu sempre quis plantar alguma coisa e nunca tinha feito isso, e agora tenho uma florzinha lá no Inhotim! Essa atração se chama “A origem da obra de arte” e é de Marilá Dardot.

Beam drop Inhotim

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Eu adorei essa obra pela forma como ela foi feita: um guindaste de 45 metros foi jogando as 71 vigas que compõem a obra em uma poça de cimento. O artista, Chris Burden, foi mirando as vigas para que elas caíssem onde ele quisesse, mas o resultado final era impossível controlar.

Cosmococa

Essa atração também é muito popular e é daquelas que te fazem sentir muitas coisas diferentes ao mesmo tempo. É uma atração multisensorial, com cinco salas interativas diferentes (que os artistas, Hélio Oiticica e Neville D’Almeida, chamam de quasicinemas).

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Cada sala é uma “surpresa” diferente, com música, projeções na parede e outros itens com os quais você pode interagir.  Eu prefiro não falar muito, pois é legal chegar lá sem saber direito o que você vai encontrar.

Na minha segunda visita, o guia Junio nos contou a história e o objetivo dessa obra. Cosmo significa universo e Coca significa cocaína. E a intenção é justamente que você tenha as sensações que teria se usasse a droga. Claro que não é a mesma coisa, mas é uma experiência muito louca. Entre em todas as salas, interaja com o que há dentro delas e você vai sentir desde uma alegria e agitação muito grandes até um declínio total no seu ânimo.

Tunga

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Tunga é uma galeria que fica em um espaço bem grande e possui várias exposições diferentes. Foi uma atração indicada pelos funcionários do Inhotim, mas como não conhecemos sua história, não fez muito sentido pra gente.

Infelizmente não conseguimos ir lá da segunda vez, mas o guia nos disse que essa é uma de suas atrações e um de seus artistas preferidos. Fiquei bem curiosa para conhecê-la de verdade e entender sua história.

De Lama Lâmina

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Você vai entrar dentro de uma enorme “estufa” de vidro e encontrar um trator florestal muito grande, carregando uma árvore de plástico! Também não conseguimos visitá-la na segunda vez, pois estava em manutenção.

Magic Square

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Essa é uma atração bem legal para fazer fotos lindas e bem diferentes!

O guia nos contou que essa é uma obra que precisa da luz do sol para “funcionar”, já que a luz e as sombras fazem com que as cores se modifiquem e a cada hora do dia as paredes estão diferentes. Por exemplo, nessa foto dá para ver que o amarelo onde bate o sol é bem diferente do amarelo onde está com sombra.

Narcissus Garden

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Confesso que essa atração parece mais legal nas fotos, pois as esferas são bem menores do que a impressão que temos nas imagens. Mas, vale a pena dar uma passadinha por lá 🙂

Sonic Pavillion

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Dentro desse pavilhão você vai ouvir os sons do “centro” da terra. Foi feito um furo de 200 metros de profundidade e um microfone foi colocado lá dentro, então os sons são reais. Infelizmente eu não sabia disso quando fui, então a atração não foi tão legal para mim como deveria ser.

Ainda há muitas outras atrações muito populares, como a exposição dos fuscas coloridos (que infelizmente estava em reforma quando fui), a sala vermelha e várias outras que eu ainda quero conhecer! Que legal ler isso depois de voltar do Inhotim pela segunda vez, pois visitei as que queria e ficaram faltando, além muitas outras obras legais!

Desvio para o vermelho

inhotim desvio para o vermelho

Essa é uma das salas mais famosas do Inhotim e foi criada por Cildo Meireles, artista que possui várias obras no museu. Desvio para o vermelho é uma obra bem marcante. É preciso tirar o calcado para entrar, para não estragar o carpete vermelho — mesma cor de todos os outros objetos presentes ali (até o que está dentro da geladeira!).

Passando pela primeira sala, totalmente monocromática, você pode entrar em outros dois ambientes, um tanto quanto escuros e até um pouco assustadores, eu diria. Mas é uma experiência bem legal e totalmente sensorial!

Viewing Machine

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A obra de Olafur Eliasson é uma espécie de caleidoscópio gigante, e o mais interessante é que é totalmente interativo. Todo mundo pode manusear a “máquina de ver” e o mais legal é ficar uma pessoa em cada ponta e depois trocar, para ver o efeito diferente em cada lado. As fotos ficam bem legais e essa é, com certeza, uma das obras mais fotografadas de todo o parque.

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Troca Troca

Esses fuscas do Inhotim são bem famosos, mas pouca gente conhece a história da obra. São três fuscas que tiveram partes de sua lataria trocadas entre eles, por isso são todos coloridinhos. Além disso, eles possuem um sistema de som em comum, então o que toca em um deles também toca ao mesmo tempo nos outros dois.

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O artista, Jarba Lopes, já convidou alguns amigos para fazer viagens nesses carros, e a última delas foi para o Inhotim. E os fuscas continuam “viajando” dentro do parque, pois de tempos em tempos são colocados em outro lugar. Então, provavelmente na próxima vez que eu for ao museu, poderei vê-los em um cenário completamente diferente.

Inhotim: dicas importantes para quem vai visitar

Aplicativo

Uma dica bem legal, mas que eu só descobri quando cheguei lá, é que o Inhotim possui um aplicativo. Ele funciona como um mapa e oferece informações sobre as obras. Quando eu estive lá, o app só estava disponível para android, e você pode baixar através desse link.

Eu recomendo que você baixe o app ainda em sua casa, pois ele precisa atualizar antes de começar a funcionar, e isso pode demorar um pouco — além de exigir internet. Depois que ele for atualizado, você poderá usá-lo offline, e isso é ótimo já que na maior parte do tempo você estará sem conexão no Inhotim.

Internet e carregador

Falando em internet, o parque possui wifi em alguns pontos específicos, mas a rede de celular não funciona ali. Por isso, você vai ter um tempinho legal para se desconectar e curtir o Inhotim de forma não virtual.

Mas, se no meio da visita você descobrir que sua bateria acabou, você vai encontrar vários pontos com tomadas para carregar o que precisar, seja o celular, a câmera ou qualquer outra coisa. Você só precisa levar o seu carregador.

Roupas confortáveis

Não sabia que essa dica seria necessária, até ver algumas pessoas andando lá dentro com saltos enormes e roupas apertadas. Vá de tênis e uma roupa confortável, que te permita movimentar, pular, sentar, levantar e andar muito! Garanto que você não vai se arrepender! Ah, protetor solar também é indispensável 🙂

Garrafinha e comida

Mesmo que você se planeje para almoçar em um dos restaurantes do Inhotim, vale muito a pena levar uma garrafinha d’água e alguns lanches. Lá você vai encontrar bebedouros em vários pontos diferentes, então é bem tranquilo encher sua garrafinha quando precisar. E com certeza você vai precisar algumas vezes!

Encontrar um local para comer pode ser um pouco mais difícil (e um pouco caro), então é bom levar alguns biscoitos ou outros petiscos para enganar o estômago até conseguir chegar ao restaurante. Quando nós decidimos que não dava mais para aguentar a fome e que estava na hora de almoçar, ainda estávamos super longe do restaurante e não tínhamos nem uma bala para comer até chegar lá. Ah, como eu queria ter lido esse post antes de ir! hehe

Mas gente, pelo amor de Deus!!! Nada de deixar lixo jogado, e muito menos alimentar os animais que encontrar por lá, ok?! A comida que você levar é só para você, e o lixo é seu também! Ah, não é permitido fazer piquenique lá dentro.

E aí, o que achou do Inhotim? Ele é incrível, né? Agora eu quero saber qual atração você mais gostou e a que você mais quer conhecer em sua visita ao Inhotim! Deixa um comentário e me conta!!

Author

Débora, 26 anos, apaixonada por viagens e fotografia. Quanto mais eu viajo, mais eu quero viajar. Quanto mais eu conheço o mundo, mais eu me apaixono por ele...

7 Comments

  1. O lugar é imenso né?! Parece impossível de ver tudo em um só dia. Por outro lado, parece ser muito interessante: o Cosmococa e os sons da terra me chamaram especialmente a atenção. 🙂 bj

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